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QUALIDADE DA ÁGUA

MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA

Monitoramento

          A qualidade de um curso d’água está diretamente relacionada às condições naturais e ao uso e ocupação do solo da bacia hidrográfica. A interferência do homem, seja de forma pontual, com lançamento de efluentes domésticos ou industriais, ou difusa, com a aplicação de defensivos agrícolas no solo, drenagem urbana, deposição atmosférica, entre outros, contribui para a introdução de compostos na água, afetando sua qualidade.

          O Decreto Federal nº 5.440/05  estabelece procedimentos para a divulgação de informações ao consumidor sobre qualidade da água para o consumo humano em consonância com a Portaria do Ministério da Saúde nº 2914/11 (Portaria de consolidação nº 5 anexo XX de 03/10/2017).

          Em Piracicaba o Serviço Municipal de Água e Esgoto (SEMAE) publica uma análise mensal da qualidade da água para consumo humano dos rios: Piracicaba, Capivari e Córrego Anhumas.

 

          Cabe ao SEMAE

       Manter e controlar a qualidade da água produzida e distribuída para consumo humano através de 189 coletas mensais, sendo 138 residenciais e 51 reservatórios abrangendo todo território municipal, seguindo critérios da portaria de nº 2914 de dezembro de 2011 do Ministério da Saúde.

 

          Ações Tomadas com Resultados Não Conforme

Quando observada qualquer anomalia nas amostras coletadas na rede de distribuição, o SEMAE imediatamente efetua ações corretivas, visando o restabelecimento pleno das condições ideais de qualidade da água.

Segue o link para acesso aos relatórios de qualidade da água dos rios Piracicaba, Corumbataí e Córrego Anhumas:

Serviço Municipal de Água e Esgoto (SEMAE)

- clique sobre a imagem para ser direcionado.

1.jpg

Fonte: SEMAE

Parâmetros de Análise Qualidade

- clique sobre o parâmetro para ser direcionado.

          1 - Hidrobiológico

                                     1.1 -  Microbiológico

                                     1.2 -  Clorofila

                                     1.3 -  Fitoplâncton

                                     1.4 -  Físico-químicos

                         

          2 - Toxicidade

          3 - Protozoários

          4 - Cianotoxinas

Parâmetros
Microbiológicas

Análises Microbiológicas

Coliformes Totais

Bacilos gram-negativos, aeróbios ou anaeróbios facultativos, capazes de desenvolver na presença de sais biliares ou agentes tensoativos que fermentam a lactose com produção de ácido, gás e aldeído a 35,0 ± 0,5ºC em 24-48 horas. A maioria das bactérias do grupo coliforme pertence aos gêneros Escherichia, Citrobacter, Klebsiella e Enterobacter, embora vários outros gêneros e espécies pertençam ao grupo.

Coliformes totais.jpg

Fonte: infoescola.com

Escherichia Coli.jpg

Escherichia Coli

É uma bactéria que habita o intestino de animais endotérmicos, cuja presença pode indicar aspectos relativos à qualidade da água e de alimentos. A E. Coli também pode provocar doenças, como infecções urinárias, diarreia e a colite hemorrágica.

Fonte: infoescola.com

Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO5,20)

A DBO5,20 representa a quantidade de oxigênio necessária para oxidar a matéria orgânica presente na água através da decomposição microbiana aeróbia. A DBO5,20 é a quantidade de oxigênio consumido durante 5 dias em uma temperatura de 20°C. Valores altos de DBO5,20 num corpo d'água são geralmente causados pelo lançamento de cargas orgânicas, principalmente esgotos domésticos. A ocorrência de altos valores deste parâmetro causa uma diminuição dos valores de oxigênio dissolvido na água, o que pode provocar mortandades de peixes e eliminação de outros organismos aquáticos.

Medidor_respirométrico.jpg

Fonte: infoescola.com

Clorofila

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Análise de Clorofila

Clorofila

A clorofila é frequentemente utilizada como indicadora da biomassa fitoplanctônica, ou seja, um indicador do crescimento de algas e cianobactérias devido ao enriquecimento por nutrientes, principalmente nitrogênio e fósforo, fenômeno este denominado eutrofização.

Fito

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Análise de Fitoplâncton

Clorofíceas e Cianofíceas

São chamadas de algas verdes e azuis, respectivamente. Surgem pelo excesso de nutrientes (fósforo e nitrogênio) para a fotossíntese. Estas florações limitam a penetração de luz e provocam o aumento da turbidez na coluna d’água, alterando também os níveis de OD, que tornam-se reduzidos devido ao acúmulo de matéria orgânica.

Florações de algas em rio..jpg

Fonte: brasilescola.uol.com.br

Diatomáceas

As diatomáceas são consideradas um excelente bioindicador no monitoramento e na avaliação da qualidade das águas, por apresentarem ciclos de vida curtos e refletirem variações súbitas no ambiente. As espécies de diatomáceas possuem níveis característicos de tolerância a mudanças ambientais, como pH, condutividade ou quantidade de nutrientes, fornecendo informações acerca da qualidade da água.

Fitoflagelados

São algas que realizam a fotossíntese, e alimentam-se de partículas em suspensão (especialmente bactérias), a fim de complementar suas necessidades nutritivas. Também são excelentes bioindicadores no monitoramento e avaliação da qualidade das águas, por se desenvolverem em ambientes lênticos (“água lenta”).

Fitoflagelados.jpg

Fonte: maestrovirtuale.com

Físico

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Análise de Parâmetros Físico-químicos

Temperatura da água

A temperatura influencia vários parâmetros físico-químicos da água, tais como a tensão superficial e a viscosidade. Os organismos aquáticos são afetados por temperaturas fora de seus limites de tolerância térmica, o que causa impactos sobre seu crescimento e reprodução. Todos os corpos d’água apresentam variações de temperatura ao longo do dia e das estações do ano, no entanto, o lançamento de efluentes com altas temperaturas pode causar impacto significativo nos corpos d’água.

Potencial Hidrogeniônico (pH)

O pH afeta o metabolismo de várias espécies aquáticas. A Resolução CONAMA 357 e suas alterações estabelecem que para a proteção da vida aquática o pH deve estar entre 6 e 9. Alterações nos valores de pH também podem aumentar o efeito de substâncias químicas que são tóxicas para os organismos aquáticos, tais como os metais pesados.

Oxigênio Dissolvido (OD)

 O OD é vital para a preservação da vida aquática, já que vários organismos (ex: peixes) precisam de oxigênio para respirar. As águas poluídas por esgotos apresentam baixa concentração de OD pois o mesmo é consumido no processo de decomposição da matéria orgânica. Por outro lado, as águas limpas apresentam concentrações de oxigênio dissolvido mais elevadas, geralmente superiores a 5 mg/L, exceto se houverem condições naturais que causem baixos valores deste parâmetro.

As águas eutrofizadas (ricas em nutrientes) podem apresentar concentrações de oxigênio superiores a 10 mg/L, situação conhecida como supersaturação. Isto ocorre principalmente em lagos e represas em que o excessivo crescimento das algas faz com que durante o dia, devido a fotossíntese, os valores de oxigênio fiquem mais elevados. Por outro lado, durante a noite não ocorre a fotossíntese, e a respiração dos organismos faz com que as concentrações de oxigênio diminuam bastante, podendo causar mortandades de peixes. Além da fotossíntese, o oxigênio também é introduzido nas águas através de processo físicos, que dependem das características hidráulicas dos corpos d’água (ex: velocidade da água).

Turbidímetro.jpg

Turbidez

A turbidez é causada por partículas sólidas em suspensão, como argila e matéria orgânica, que formam colóides e interferem na propagação da luz pela água. Entretanto, não se pode relacionar unicamente a turbidez à sujeira da água, pois são numerosos os fatores que interferem na absorção e na reflexão da luz, como o tamanho das partículas, sua forma geométrica dispersiva da luz e sua coloração.

A principal fonte de turbidez é a erosão dos solos, quando na época das chuvas as águas pluviais trazem uma quantidade significativa de material sólido para os corpos d’água. Atividades de mineração, assim como o lançamento de esgotos e de efluentes industriais, também são fontes importantes que causam uma elevação da turbidez das águas. A unidade matemática utilizada na medição da turbidez é o NTU, sigla que provém do inglês Unidade Nefelométrica de Turbidez.

Fonte: blog.instrusul.com.br

        Amônia (N-NH3)

Nitrogênio amoniacal é um gás incolor, alcalino e irritante em condições normais de temperatura e pressão, bastante solúvel em água em baixos valores de pH (ácidos). Um odor pungente é detectável em concentrações acima de 30 mg/L, ocorre irritação ocular e nasal a 50 mg/L, disfunção pulmonar a 1000 mg/l e há risco de morte se uma pessoa for exposta a concentrações acima de 1500 mg de NH3/L. Ocorre em vários efluentes domésticos e industriais e também resulta da decomposição natural da matéria orgânica.

A amônia é facilmente biodegradável. As plantas a absorvem com muita facilidade, sendo um nutriente muito importante como fornecedor de nitrogênio para a produção de compostos orgânicos nitrogenados. Em concentrações muito altas, por exemplo, na água de consumo, pode causar danos graves, já que interfere no transporte do oxigênio pela hemoglobina, entre outros efeitos tóxicos.

          Nitrato (N-NO3)

O nitrato é encontrado naturalmente em águas subterrâneas e superficiais em baixas concentrações, porém, o aumento destas concentrações pode ocorrer devido às atividades humanas, através da aplicação de fertilizantes orgânicos e inorgânicos e do uso de sistemas de saneamento in situ.

Pode  ser nocivo  à  saúde humana, em especial para crianças e mulheres grávidas, podendo causar intoxicações agudas e muitas vezes fatais, em geral devido a sua presença na água para beber contaminada com esgotos ou em alimentos. Crianças menores de seis meses de idade que bebem água com nitrito/nitrato em excesso desenvolvem a síndrome do bebê azul (cianose devido à formação de metahemoglobina) que se não tratada, evolui a óbito.

      

          N total Inorgânico

Fertilizantes utilizados na agricultura liberam nitrogênio na forma inorgânica (nitrato e amônio) e várias formas de nitrogênio no solo. Esses fertilizantes são transportados via escoamento superficial para os rios e águas costeiras. O lançamento de esgotos em rios também é responsável por liberar nitrogênio, mas inicialmente na forma de nitrogênio orgânico. Este pode ser mineralizado e depois nitrificado aumentando a disponibilidade de nutrientes nitrogenados inorgânicos nestes ambientes.

          Fosfato

O fosfato se apresenta nos mananciais sob três formas: fosfato particulado, fosfato orgânico dissolvido, e fosfato inorgânico dissolvido. O fosfato reage com diversos compostos importantes, formando, por exemplo, a fosfopirita, a apatita e a uranita, que são alguns exemplos de fosfato. Essas substâncias são utilizadas em larga escala na agricultura, nas indústrias alimentícias e em produtos de limpeza. O fosfato é assimilado pelos vegetais aquáticos. Dessa maneira, a sua quantificação em pesquisas limnológicas torna-se indispensável.

Caso ocorra um excesso de fósforo no organismo (hiperfosfatemia), haverá uma desregulação na absorção de cálcio, resultando no aumento da porosidade dos ossos, além de esse ser um dos fatores que eleva a pressão arterial, entre outros problemas de saúde.

          Fósforo (P) solúvel

O Fósforo (P) solúvel encontra-se na forma inorgânica, é disponível às plantas e está nas formas H2PO4-, HPO42-, PO43-. As altas concentrações do nutriente fósforo em rios podem ter forte relação com o nível de ocupação urbana. Esgotos domésticos, efluentes liberados por indústrias e uso de fertilizantes em regiões rurais são fatores que ajudam a aumentar os níveis do nutriente no meio aquático e podem, consequentemente, acelerar o processo de surgimento de algas e plantas, que consomem o oxigênio dissolvido causando mortandade de peixes.

          Fósforo (P) total

São todos os compostos de fósforo inorgânicos presentes no corpo hídrico. Entre  as  fontes  de  fósforo  destacam-se  os  esgotos domésticos, pela presença dos detergentes superfosfatados e da própria matéria fecal. A drenagem pluvial de áreas agrícolas e urbanas também é uma fonte significativa de fósforo para os corpos d’água. Entre os efluentes industriais destacam-se os das indústrias de fertilizantes, alimentos e laticínios, além de frigoríficos e abatedouros.

          Condutividade Elétrica

 A  condutividade  elétrica  é uma medida da concentração total de sais dissolvidos presentes na água. Apesar de não fornecer medidas reais da concentração de um determinado íon presente, ela nos dá uma noção bastante boa da salinidade total, o que indiretamente sugere a origem e o grau de contaminação da água. Água salobras apresentam elevada condutividade e não são apropriadas para consumo humano. Água de baixa condutividade, menores que 200 μS/cm indicam que podem ser potáveis por apresentarem concentrações baixas de sais dissolvidos.

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Testes Toxicidade

O organismo-teste Hydra attenuata tem sido amplamente utilizado  para  avaliação  da  toxicidade  de substâncias químicas, efluentes líquidos e águas superficiais, pois ocupa na cadeia trófica o nível de consumidor secundário e apresenta mudanças morfológicas durante exposição a agentes tóxicos. O organismo-teste reage ao fator estressante pela contração dos tentáculos quando comparado com a sua morfologia normal. As mudanças morfológicas são utilizadas para determinação da Concentração Letal (CL50), isto é, que causa letalidade a 50% dos organismos.

Toxicidade
Proto
Protozoários.jpg

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Análises de Protozoários

Cryptosporidium e Giardia são protozoários parasitas de  veiculação  hídrica que  infectam  uma ampla variedade de hospedeiros vertebrados, inclusive humanos. Cistos de Giardia provoca uma doença intestinal chamada giardíase que pode apresentar-se de forma assintomática ou com sintomas de diarreia, fezes aquosas, cólicas e dor no estômago que geralmente começam 1-2 semanas após infecção. Já os Oocistos de Cryptosporidium são responsáveis por uma doença chamada criptosporidiose que é uma infecção aguda de curto prazo, mas pode tornar-se grave se não resolvida em crianças e pessoas imunossuprimidas. As manifestações clínicas vão da ausência de sintomas a gastroenterite grave com diarreia aquosa, cólicas, perda de peso e febre.

Fonte: microbioservices.com

Ciano

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Cianotoxinas

São toxinas produzidas por algumas espécies de cianobactérias em água doce. As microcistinas são toxinas naturais sendo também heptapeptídeos produzidos por cianobactérias, que estão associados à proliferação de algas e podem causar o envenenamento de animais terrestres e seres humanos pela ingestão de água com algas. A microcistina traz problemas de hemorragia intrahepática.

Microcistinas.jpg

Fonte: diariodasaude.com.br

CONTATO

Contato

Ouvidoria

Serviço Municipal de Água e Esgoto (SEMAE)

Rua XV de Novembro, 2200 - Bairro Alto - Piracicaba – SP

Fone: (19) 3403-9611 - Central de Atendimento: 0800 772 9611 ou 115 (24 horas)

E-mail: www.semaepiracicaba.sp.gov.br

 

Monitoramento dos Mananciais

Agência Ambiental de Piracicaba (CETESB)

Rua do Rosário, 566 – Centro - Piracicaba

Fone: (19) 3402-6863

E-mail: piracicaba@cetesbnet.sp.gov.br

 

 

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